No meio da madrugada, eu acordei e disse: Not yet. Estranho, mas apaguei da memória durante o dia. Agora, entre os reatores da prova de amanhã, lembrei que o Felipe me contou que existem estudos sobre o surgimento de uma nova identidade junto com o aprendizado de um outro idioma. Hum, hora de acionar o Google...
O Ser - ou seja, o indivíduo consciente da própria identidade e da relação com o ambiente - e a personalidade são muito influenciados pelo idioma. Apesar de, normalmente, o ego inconsciente ser mais dependente da experiência lingüística que o consciente, há uma relação muito forte e clara entre o ego e a linguagem. Seria, portanto, legítimo argumentar que quando ocorre uma experiência plurilíngüe, coexistem dois egos (e, então, uma personalidade dividida, com tendências esquizóides).
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Quando um indivíduo multilíngüe aprende um idioma alheio no colégio, vive na realidade uma experiência metalingüística: nada mais é automático nem espontâneo, quase tudo é sujeito a regras definidas claramente, que devem ser aprendidas de maneira racional. Inclusive, neste caso, o componente afetivo é muito importante: a relação com o professor e o ambiente no qual se aprende o idioma determinarão em grande medida a atitude do aluno frente à aprendizagem de um idioma estrangeiro. Os melhores resultados são obtidos quando há uma relação estreita e positiva (em uma espécie de transferência didática) com o professor ou a pessoa com a qual se aprende o idioma, ou quando há um vínculo forte (estético, ideológico ou afetivo) com a cultura ou os países nos quais se fala esse idioma.
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Quando um idioma passa a fazer parte da própria identidade, a mudança de código pode converter-se em uma modalidade tanto de adaptação como de expressão. Passa a ser uma opção psicológica que procede do mais profundo do ego de quem fala.
Interessante. Reforçando a teoria de que eu não sou tão normal assim.
O Ser - ou seja, o indivíduo consciente da própria identidade e da relação com o ambiente - e a personalidade são muito influenciados pelo idioma. Apesar de, normalmente, o ego inconsciente ser mais dependente da experiência lingüística que o consciente, há uma relação muito forte e clara entre o ego e a linguagem. Seria, portanto, legítimo argumentar que quando ocorre uma experiência plurilíngüe, coexistem dois egos (e, então, uma personalidade dividida, com tendências esquizóides).
Quando um indivíduo multilíngüe aprende um idioma alheio no colégio, vive na realidade uma experiência metalingüística: nada mais é automático nem espontâneo, quase tudo é sujeito a regras definidas claramente, que devem ser aprendidas de maneira racional. Inclusive, neste caso, o componente afetivo é muito importante: a relação com o professor e o ambiente no qual se aprende o idioma determinarão em grande medida a atitude do aluno frente à aprendizagem de um idioma estrangeiro. Os melhores resultados são obtidos quando há uma relação estreita e positiva (em uma espécie de transferência didática) com o professor ou a pessoa com a qual se aprende o idioma, ou quando há um vínculo forte (estético, ideológico ou afetivo) com a cultura ou os países nos quais se fala esse idioma.
Quando um idioma passa a fazer parte da própria identidade, a mudança de código pode converter-se em uma modalidade tanto de adaptação como de expressão. Passa a ser uma opção psicológica que procede do mais profundo do ego de quem fala.
Interessante. Reforçando a teoria de que eu não sou tão normal assim.