sexta-feira, julho 30, 2004

Pois é, o computador ressuscitou. O post? Está morto e enterrado. Ou seria cremado? Sei lá. Juro que considerei deixar a imaginação de vocês encontrar um final pra minha jornada rumo a Goiânia. Hum, não. Tenho algum respeito pela curiosidade que vocês manifestaram. Ok, reescrevi, só que uma parte se desmembrou em três...

A Viagem - Parte III

Ele estava indo pra Uberlândia. Como eu nunca durmo antes de Uberlândia mesmo, a gente passaria o tempo conversando e, depois que ele descesse, eu dormiria feliz e esparramada, do jeito que eu gosto.
E a gente teria assunto por horas, mas alguém se meteu na nossa conversa. Quem, quem, QUEM??? A senhora tagarela!!! Eu devo ter irritado alguém muito importante no Céu naquele dia. Daí pra frente, a conversa se converteu em monólogo. O rapaz, simpático que ele só, demonstrava interesse pelos causos da tal senhora. Acho que ele tinha esperanças de que ela não demorasse a parar de falar. Ingênuo. Enquanto isso, eu reparava as caretas dos demais passageiros. Sabem como é, né? Num ônibus sem televisão, às 10:00 h da noite, as pessoas dormem. Aposto que vocês também não iriam de gostar de serem acordados com as aventuras da senhora tagarela.
Ao perceber que o monólogo não tinha mais fim, o rapaz aproveitou uma pausa breve e disse que ia ler um livro. Uma saída de mestre na minha opinião. Mas a mulher era invencível!!! E ela perguntou sobre o autor, cenário, personagens... De repente surge uma voz lá da frente...

Finalmente, encontrei alguém que também lê Dostoievski!

Caaaaaaramba! Só tinha maluco naquele ônibus. Pelo menos o rapaz arrumou uma desculpa pra sumir dali. Foi lá conferir quem era o segundo louco da noite. De que me adiantava uma companhia de viagem interessante se o ônibus inteiro pensava da mesma forma? Bom, só me restava pegar o discman mesmo.

Continua...